sexta-feira, 5 de junho de 2015

Outlander: Como a série me ganhou


Quando se trata de roteiros baseados em livros, eu costumo seguir o caminho quase sempre decepcionante de ler a história original para depois assistir a adaptação para cinema ou TV.
No caso de Outlander, não estou seguindo esta ordem porque - vergonhosamente, admito - eu nem sabia que ela era originária de livros até os créditos iniciais me contarem.

O fato é que quando esses créditos apareceram eu já tinha sido fisgada por:

1. A fotografia e as paisagens lindas;

A série começa com uma imagem linda da região de Highlands (Terras Altas), no norte da Escócia. A história depois se passa em Inverness (apesar de a cidade existir, as locações da série foram em Glasgow e Edimburgo).

Ainda pretendo falar sobre estes lugares, mas por enquanto, deixo aqui o endereço de um blog que fala resumidamente sobre Highlands, Inverness e sobre outro lugar que é importante na história (Fort William):
* Atentem para o trecho que fala sobre a lenda do Monstro do Lago Ness. Eu nunca tinha relacionado a lenda ao local.


2. O texto da narração inicial;

"People disappear all the time.  Ask any policeman.  Better yet. ask a journalist.  Disappearances are bread-and-butter to journalists.
Young girls run away from home.  Young children stray from their parents and are never seen again.  Housewives reach the end of their tether and take the grocery money and a taxi to the station.  International financiers change their names and vanishe into the smoke of imported cigars.
Many of the lost will be found, eventually, dead or alive.  Most are found eventually. Disappearances, after all, have explanations.
Usually."*
         (Trecho copiado do site da autora Diana Gabaldon. Disponível em: http://www.dianagabaldon.com/books/outlander-series/outlander/excerpt-1-outlander-prologue/)
*Os trechos tachados são os que não são narrados na série. O trecho em vermelho foi uma frase adaptada.

Tradução livre:
Pessoas desaparecem o tempo todo.
Garotas jovens fogem de casa. Crianças se perdem dos pais e nunca mais são vistas. Donas de casa pegam o dinheiro das compras e um táxi para a estação de trem. Muitos são encontrados, eventualmente. Desaparecimentos, afinal, têm explicação. Geralmente.

Posteriormente a esse trecho, a personagem principal fala sobre a vida que ela queria/imaginava e se algumas atitudes poderiam ter feito ela ser feliz q conclui: "Quem pode saber? De uma coisa eu tenho certeza: mesmo agora, depois de toda a dor, a morte e a mágoa que se seguiu, eu ainda teria feito a mesma escolha."

A partir dessa última frase eu passei a sofrer assistindo as escolhas dela em cada episódio.

3. O sotaque britânico

A atriz Caitriona Balfe -, que faz a Claire - é irlandesa, mas ela faz super bem o sotaque britânico necessário à nacionalidade inglesa da personagem principal.

A coisa fica ainda melhor ao final do episódio porque são adicionados o sotaque escocês e o gaélico.
Sei que muita gente não gosta da sonoridade dos sotaques, mas eu tenho verdadeira paixão por como um idioma pode ser moldado de diferentes formas por pessoas de lugares/ambientes distintos e ainda assim não deixar de ter a mesma matriz.

4. O(s) período(s) em que se passa a história;

Quem nunca se imaginou viajando no tempo através de um espelho, um portal, um pó mágico?
É exatamente assim que a história de Outlander (Forasteira) se inicia. A personagem Claire, durante uma segunda lua de mel com o marido após a recém finda 1ª GM, viaja no tempo e lida com os perigos de ser uma mulher inglesa em território escocês no século XVIII - os escoceses acham que ela é uma espiã e os soldados ingleses, enviados pelo Rei para exercer domínio no país, acham que ela é uma traidora da coroa. Em meio a perseguições, acontece uma série de eventos enquanto - a princípio - ela tenta voltar para o tempo do qual ela é originária.

5. A referência à 1ª GM (e cenas - leves - de amputação)*

Eu gosto de histórias relacionadas às grandes guerras. A Claire era enfermeira na primeira guerra mundial e essa experiência se mostra mais útil do que ela sequer pudesse imaginar quando ela volta dois séculos no tempo.

*E eu gosto de cenas médicas/seriados médicos/sangue.

6. A abertura simplesmente estonteante. A combinação da música folk deliciosa de ouvir com as cenas selecionadas é perfeita.

Não vou me estender nos comentários. Assistam e formem suas opiniões porque sou suspeita a falar.(Fico cantarolando a música para lá e para cá todos os dias)



P.S.: Qualquer dias desses falo sobre Skye, mencionada na música.


Não quero dar spoilers sobre o seriado e por isso não quis falar muito mais sobre a trama.
Acredito, porém, que tenha ficado bem claro o quanto essa série ganhou meu coração - e alguns dos elementos que enriquecem a versão audiovisual da história.

Em breve falarei sobre os livros, mas fica aqui o registro de um detalhe interessante: o primeiro livro foi publicado em 1991 (!!!).

2 comentários:

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